segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Chuva, apelidos, cultura, filas e domingos cheios


Chuva, suor e cerveja - como aquela música de Caetano - são coisas do passado. Talvez a chuva fosse ainda mais até sexta-feira, quando finalmente a garoa - e que garoa!! - deu o ar da graça na terra cuja alcunha lhe toma emprestada.

Quem aparece por aqui sem muita cerimônia são os apelidos de primeira sílaba. Há quem pergunte se eu prefiro que me chamem de Isa ou de Bela ou até de um terceiro apelido. Mas no fim das contas, todos optam pela primeira sílaba. Comigo e com todo mundo. Não tome como pessoal. Acho carinhoso.

Um hábito marcante nesta pauliceia é o consumo de cultura. Consome-se muito. E é bonito de se ver. Os pais levam suas crianças para o que - a priori - pode parecer um programa de adulto. O mais divertido nisso tudo é ouvir os comentários sinceros dos pequenos.  Na Feito por brasileiros, no Hospital Matarazzo, observei um menino, ele deveria ter uns cinco anos - vendo um vídeo. Ele assistiu pela primeira vez, ficou na sala e viu novamente. Estava pronto para ver pela terceira vez quando o pai o chamou. Ele disse "tudo bem, vamos ver outra coisa, mas, mãe, eu não gostei desse vídeo". O tape se tratava de várias pessoas jogando vasos de plantas no pátio externo do hospital. Os vasos quebrados nós podíamos ver logo que saíamos da sala. Eu e o jovem menino concordamos. Péssimo gosto.

Outro ponto que não se pode deixar de mencionar é a quantidade de filas e como gostam de ficar nelas. Para comprar um doce na nova loja da Nutella, para o próprio consumo de cultura e outros motivos que ainda vou descobrir. Acho que não é uma exclusividade daqui, mas é algo notório.

Mas o melhor guardei para o final. Passear pela Avenida Paulista aos domingos é quando se vê que há vida neste dia tão renegado pelas cidades mundo afora ou Brasil adentro. Sempre achei deprimentes os domingos televisivos em que não se vive a cidade. Nisso fui imensamente feliz no Rio. Os domingos foram plenamente vividos. E é gostoso demais ver que mesmo quando eles são cinzas por aqui, também são apreciados pelas pessoas que enchem as ruas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário