Fez alarde nas últimas semanas as colunas de Gregorio Duvivier sobre São Paulo. O burburinho foi grande e as palavras do carioca reverberaram em outra coluna - a de Tati Bernardi.
O fato é que hoje, quando completo 10 dias na Terra da Garoa, onde garoa mesmo vi pouca ou quase nenhuma, dá para concordar com o colunista em algumas coisas.
A primeira delas é a dificuldade do paulistano - ou de quem mora aqui há tantos anos - em receber um elogio. Mas além disso. Parece inconcebível para a maioria dos residentes da selva de pedra alguém trocar o Rio por São Paulo.
"Mas veio porque? Tem família aqui?", é a pergunta que mais ouvi até então.
Ou uma variação do "mas veio porque?", acompanhada de um outro motivo.
"Po, mas abandonou a praia?"; "O Rio é tão gostoso" e outros clássicos como esses também ouço.
Entre as grandes piadas que encontrei aqui a maior delas foi justamente a de não ter garoa. Hoje, por exemplo, o clima estava seco de arder os olhos.
Mas eu sigo encontrando paulistanos e forasteiros - sempre eles - muitos gentis por aqui. E isso tem sido ótimo.
Uma estranheza: o milho verde que as pessoas comem num pratinho com colherzinha. Achei uma civilização excessiva, exacerbada eu diria. Lamentei pelo milho, aquele do fim de tarde na praia, que a gente come segurando com as mãos e, danem-se os dentes que ficarem com pedacinhos agarrados. Mas, milho verde e perguntas esdrúxulas à parte, acho que essa paquera com Essepê ainda pode se tornar um belo namoro.
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