quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Gregorio tem razão

Fez alarde nas últimas semanas as colunas de Gregorio Duvivier sobre São Paulo. O burburinho foi grande e as palavras do carioca reverberaram em outra coluna - a de Tati Bernardi.

O fato é que hoje, quando completo 10 dias na Terra da Garoa, onde garoa mesmo vi pouca ou quase nenhuma, dá para concordar com o colunista em algumas coisas.

A primeira delas é a dificuldade do paulistano - ou de quem mora aqui há tantos anos - em receber um elogio. Mas além disso. Parece inconcebível para a maioria dos residentes da selva de pedra alguém trocar o Rio por São Paulo.

"Mas veio porque? Tem família aqui?", é a pergunta que mais ouvi até então.

Ou uma variação do "mas veio porque?", acompanhada de um outro motivo.

"Po, mas abandonou a praia?"; "O Rio é tão gostoso" e outros clássicos como esses também ouço.

Entre as grandes piadas que encontrei aqui a maior delas foi justamente a de não ter garoa. Hoje, por exemplo, o clima estava seco de arder os olhos.

Mas eu sigo encontrando paulistanos e forasteiros - sempre eles - muitos gentis por aqui. E isso tem sido ótimo.

Uma estranheza: o milho verde que as pessoas comem num pratinho com colherzinha. Achei uma civilização excessiva, exacerbada eu diria. Lamentei pelo milho, aquele do fim de tarde na praia, que a gente come segurando com as mãos e, danem-se os dentes que ficarem com pedacinhos agarrados. Mas, milho verde e perguntas esdrúxulas à parte, acho que essa paquera com Essepê ainda pode se tornar um belo namoro.

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