terça-feira, 14 de outubro de 2014

Um mês de paulicéia

Hoje tem um mês que cheguei aqui, nessa paulicéia desvairada - aquela, de Mário de Andrade.

O que mais perguntam? O porque deu ter largado o Rio, a beleza natural e, sobretudo, a praia.

Olha, eu queria dizer que eu não abandonei o purgatório da beleza e do caos em vão.

Não, não foi desamor. Nem trabalho, nem grana, nem reclamação porque está tudo caro no Rio, tampouco porque os serviços estão péssimos.

Está tudo assim mesmo, é verdade. Mas nada disso seria motivo suficiente para largar o lifestyle carioca.

A bike e o skate na volta do trabalho fazem muita falta. Os vinte minutos de ida até lá de ônibus também.

Sim, agora eu levo 45 minutos para chegar no trampo, como os paulistas gostam de chamar a labuta.

Também não tenho mais a magrela, nem o skatinho.

O samba na pedra e a praia na quarta-feira também não.

O lance é o seguinte: vez em quando a gente precisa de uma mudança radical, uma troca efetiva de hábitos.

Em bom português, precisamos crescer.

E para mim, essa mudança de cenário foi necessária para que eu possa, num futuro - que eu espero sinceramente - breve, mudar esses hábitos e ficar orgulhosa de mim mesma.

É difícil, e eu posso garantir, sem vergonha alguma, que um mês depois, eu pouco mudei.

Os velhos hábitos permanecem, embora eu já esteja me esforçando para mudá-los.

Quero que seja uma escolha vitoriosa, e tento me lembrar disso todos os dias.

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