segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Respostas para Mariliz Pereira Jorge e Paula Bianca Bianchi

Abro a caixa de e-mail, como de de costume diário e no assunto me deparo com um "não é um grande texto". No corpo do e-mail, a sequência: "mas me identifiquei" e o link http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marilizpereirajorge/2014/12/1560774-nao-sei-dizer-nao-para-a-vida.shtml.

A remetente, Palimpsesto, tem sempre o costume de me compartilhar os grandes, e eventualmente, os nem tão grandes assim.

É sempre bom. Alguns reflito, outros sinto. Os raros sinto-reflito / reflito-sinto.

Mas para este, me senti na obrigação emocional-racional cérebro-coração corpo-e-alma de responder.

Para a Mariliz Pereira Jorge. Ou diretamente para Paula Bianca Bianchi, repórtera-querida-que-compartilha-textos-bacanas.

Babe,
O texto é bacana e, se eu for pensar bem, reflete bastante a Isabela do Rio, bon vivant e amante de uma boa cerveja. Porém, ai, porém, sinalizou Paulinho da Viola tão bem em Foi um Rio que Passou em Minha Vida.

Não dizer não para a vida é lindo, sobretudo quando o que queremos é dizer para o mundo o quanto somos donos das nossas vidas, que pagamos nossas contas e saímos quando queremos,
sem dar satisfação para ninguém.

Até aí ok. Mas acho que dizer não, não quer dizer negar a vida. Dizer não pode ser apenas o cumprimento de um trato consigo mesmo. De se empenhar em ser bom em alguma coisa, ou apenas
prezar pelo seu bem-estar porque você quer acordar cedo no outro dia e cuidar do corpo ou apenas ir à praia.

Dizer não é difícil para burro, mas este ato está intimamente ligado à musculação da autoestima. Quanto mais malhamos a autoestima, mais aptos estaremos para dizer sim ou não quando queremos alguma coisa.

Dizer não para tudo é estar bitolado. Dizer não para algumas coisas é estar focado.
Dizer sim para algo é fruto de uma escolha. E, na maioria das vezes, produz bem-estar, se é exatamente aquilo o que você quer fazer.

Estar com os amigos, com birita ou sem birita, é uma delícia. Estar com eles porque você deseja isso é melhor ainda. Estar com eles porque você não quer dizer não ao social é triste.

Fazer escolhas é difícil pra caramba. E dizer não é fazer uma escolha. Não necessariamente uma negação. E toda a força para dizer não provém de uma insatisfação anterior. Vale sempre lembrar dela para combater a lassidão ou aprender a dizer não.

Por isso acho que o não tem sua função. Até mesmo para o sim ser escolhido como a melhor opção. Tem sido uma grande descoberta aprendê-lo. Quero sim(s) com mais paixão e, por isso,
tem sido bom aprender a importância do não.

Nesse mesmo ritmo, Gregorio falou quase o mesmo, só que de um modo mais intenso. Mas minha resposta também serve para ele. http://www1.folha.uol.com.br/colunas/gregorioduvivier/2014/12/1562358-sabado.shtml

E como meu lema de vida é "a música é a resposta", compartilho aqui Arrigo Barnabé, lindo de viver, que tive o prazer de assistir nesse sábado e que em outra ocasião comento essa grandiosidade musical. Ao lado dessa dupla porreta fez meu sábado ser grande. https://www.youtube.com/watch?v=Pk6rACa6mc0



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