terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Das conexões-coincidências que nos atravessam o caminho

Dentre os muitos spans, propagandas e informações inúteis, chega um e-mail de alguém (sim, ainda uso esta ferramenta já obsoleta para as minhas primas, seis e nove anos mais novas do que eu). É a Chris. Pergunta se eu saí do Facebook, diz que tô sumida, assim trocamos as novidades, conto da vida aqui em SP, ela conta do intercâmbio que acabou de fazer em Buenos Aires a fim de se orientar para o mestrado. Ela está escrevendo a biografia de Zé Ramalho. Fez muitas entrevistas e agora vai começar a escrita. Anseio pelo resultado.

O fato é que Chris, porta-voz dos músicos e que tão bem divulga a história do cancioneiro brasileiro país afora, me escreve justo no dia em que vi o documentário "Cássia", de Paulo Henrique Fontenelle.

O filme provoca um turbilhão de emoções, assim como foi a vida da cantora. É possível ir da gargalhada ao choro copioso durante as duas horas no cinema. Sempre antenada com as novidades do mundo das canções, ela já tinha assistido ao filme no Festival do Rio e escrito suas impressões no Garota FM.

Com uma narrativa muito bem costurada, a película nos põe em contato com uma criatura singular, original e unicamente comprometida em viver uma vida de acordo com o queria. Sem encanações, grandes preocupações ou ambições megalômanas. O barato dela era cantar. No palco, Cássia fazia sua catarse: colocava para fora tudo aquilo que na vida cotidiana não fazia. E com a força de um vulcão. Impossível não se emocionar com sua história. Daquelas vidas inspiradoras, uma narrativa pra causar impacto e nos fazer refletir o que cargas d´água estamos fazendo com o nosso tempo, nossa vida e o quanto estamos nos engajando com o que de fato queremos. Vale a pena conferir.
E sendo este um fato consumado - e já devidamente documentado - não quero mais, de mais a mais, me aprofundar nessa história. Já dizia Djavan. Então eu mudo de pau pra cavaco - sabedoria da vovó reinando - ou de pau para pau mesmo e deixo aqui um troféu joinha seguido de uma salva de palmas para o criador do pau de ventilador, uma evolução com utilidade do (famigerado e nem tão útil assim) pau de selfie.

*Compartilhando Mr. Modkovski

Entreouvido na bancada:
- Redação é o único lugar em que você pode se meter na conversa dos outros e isso não é falta de educação. Foi praticamente por isso que eu fiz jornalismo.

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